quinta-feira, 3 de abril de 2008

Ascensão

Já chegamos em abril, às vésperas do Campeonato Brasileiro, e parece que os principais times desse início de ano vão construindo sua ascensão, com estilos diferentes.

O Fluminense consegue a classificação antecipada na Libertadores com louvor. Invicto (a melhor campanha da competição), sem deixar dúvidas na torcida e jogando um futebol bonito. Parece que Júnior César precisava de um Gustavo Nery pra mostrar seu verdadeiro futebol... Tem jogado fácil, assim como Thiago Silva e o cada vez mais decisivo Cícero.

O técnico "Renight" Gaúcho faz o certo, dizendo que o time ainda não ganhou nada. Mas volta ao cacoete ranzinza ao dizer que as pessoas não estão dando importância à classificação do tricolor. Que pessoas? O ex-atacante parece necessitar sempre de um motivo pra reclamar, mesmo em noite de festa.

O Palmeiras atropelou o Central, e mostra que está com um elenco versátil e talentoso. Também joga bonito e pra frente. Aliás, ninguém pode acusar Luxemburgo de retranqueiro ou cauteloso. Ele sempre arma seus times, com qualquer elenco, pra atacar. Quantos técnicos possuem essa característica hoje? E atenção, goleiros: depois de Lúcio Flávio, do Botafogo, Alex Mineiro é outro que está humilhando com a paradinha no pênalti. Dois na mesma noite!!

Adriano decidiu o jogo para o São Paulo. Você já ouviu isso antes, né? Se continuar assim (o que deve acontecer) tem chance de sonhar de novo com a Seleção, que precisa de jogadores com essa atitude - desde que Adriano não seja o que foi em 2006, claro. Outra: está se tornando exímio cabeceador. Veja (no fínal do vídeo) como ele se desloca dentro da área, em vez de esperar a bola paradão.

Hernanes é daqueles volantes que dá gosto de ver jogando. A era dos Mauro Silvas (e Dungas) acabou? Calma, ainda existe um Gattuso e um Jaílton pra mostrar que eles resistem...

Olhando o retrospecto em 2008, poderíamos dizer que o clássico brasileiro do futebol bonito seria Palmeiras x Fluminense. Já o clássico do futebol eficiente, Flamengo x São Paulo. (São simples definições, já que o futebol bonito pode ser eficiente e vice-versa.)

No exemplo acima, poderia colocar o Botafogo como um dos adversários de qualquer dos times. Mas ele vai e perde pro River do Piauí... Viaja aquilo tudo, é recebido por 5 mil torcedores no aeroporto, joga praticamente "em casa", podendo resolver a classificação num jogo só... e perde. Duvido que o River seja melhor que Cardoso Moreira, Macaé, Resende e outros que o alvinegro não tomou conhecimento no Campeonato Carioca.

Às vezes só mesmo a definição de Nelson Rodrigues, que descobri dentro de um texto dentro do blog de um botafoguense:

"[Nelson] definiu o torcedor botafoguense como um cara que compra o seu ingresso 'como quem adquire o direito, que lhe parece sagrado e inalienável, de sofrer', sentindo-se feliz e realizado "quando arranca os cabelos e chora lágrimas de esguicho."

Não costumo comentar futebol internacional por aqui. Mas como rubro-negro e devoto eterno do Galinho de Quintino, tenho que falar da virada do Fenerbahçe sobre o Chelsea.

Foi um jogo com marcas épicas dos melhores capítulos do futebol: o artilheiro faz gol contra e depois decide a partida; o dono da casa é acuado sem pudor pelos visitantes no primeiro tempo, e vira um leão no segundo. E o time turco nunca tinha chegado nas quartas-de-final da Liga dos Campeões.

Torço por Flamengo, CFZ, e agora, Fenerbahçe (sem contar quando torci pelo Japão na Copa 2006). Uma vez Zico, sempre Zico.

Um comentário:

Anônimo disse...

Infelizmente, não tenho nada a declarar sobre a rodada =//
Fabricio Raner