Não estamos falando da violência urbana, infelizmente tão corriqueira nos dias de hoje. O fato em questão aconteceu na Holanda, onde um jogador foi preso após aplicar uma entrada violenta, fraturando a perna do adversário.
Em tempos de Eduardo da Silva no estaleiro por seis meses e Martin Taylor livre, leve e solto após três jogos de suspensão, a notícia chama a atenção.
O agravante é que o agredido, ao contrário do atacante brasileiro do Arsenal, teve que encerrar a carreira. O agressor, que pegou mais de dois anos de cadeia, alega que as regras do jogo não podem ser aplicadas fora do futebol.
Só que o tribunal alegou que a agressão extrapolou os limites do campo. Se alguém vai ficar desempregado por ter sido agredido por outrem, então o caso está encerrado.
Mas será que a medida, diante da pusilanimidade dos tribunais esportivos, seria uma possível solução? A discussão rende, mas imagine se tivessem feito o mesmo com Pelé, em plena Copa do Mundo? O Rei do Futebol aposentando-se porque um carniceiro uniformizado quebrou sua perna.
Porque, no fundo, tudo é uma questão de proporção. O campeonato holandês não irá influenciar o mundo do futebol. Mas mostrou o exemplo de uma tentativa de punir o agressor proporcionalmente ao impacto de sua investida.
Sabemos que há aqueles que adoram endurecer as leis e as penas pensando que isso resolve tudo. No entanto, no futebol padecemos do outro extremo: condescendência demais. Só que isso vem extirpando o talento dos gramados.
Ou não percebem que, no andar da carruagem, isso futuramente pode trazer graves prejuízos ao esporte - e ao negócio do esporte?
A quem interessar possa (e tiver estômago para isso), veja a jogada que gerou a prisão do agressor:
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Cadeia é solução?
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