sexta-feira, 14 de março de 2008

Sem piedade

Dona Fifa não pode ter misericórdia: o Zenit precisa ser eliminado sumariamente da Copa da UEFA. A imagem de sua torcida (ao lado) já diz tudo. Além disso, insultaram jogadores negros do Olympique e arremessaram uma banana no jogador Zubar. Os torcedores precisam arcar com as conseqüências de seus atos. Se aliviar na punição do racismo no futebol, a porteira estará aberta para mais manifestações do tipo. Se em 2007 eliminaram o Feyenoord pela violência da torcida, precisam detonar o Zenit por esse outro tipo de violência, num esporte em que qualquer diferença é derrubada ao se entrar em campo. A bola, o talento e o preparo físico não são subjetivos nem tampouco disseminam preconceitos.

Após ter que falar desse tenebroso episódio, vamos ao que deveria ser sempre o único assunto.


Vasco e Botafogo acompanham o Flamengo na tarefa de não perder pontos para os times pequenos. E ainda aplicam uma goleada pra não dar margem a maiores polêmicas. Mas como futebol é futebol, as controvérsias sempre surgem. Quem bate pênaltis no Vasco? A torcida pede Tiago, que fica magoado (talvez queira ser o novo Rogério Ceni), Edmundo está sempre lá, Morais chiou um pouquinho e já ganha vaga no "revezamento". O técnico diz que há cinco opções, e que os jogadores decidem entre si - se der problema, ele intervém. Complicado. Parece fugir da responsabilidade de bater de frente com Edmundo e, por tabela, com o comando soberano de Eurico. A atitude de Alfredo Sampaio parece ter mais a ver com a sobrevivência da carreira do que com o resultado em campo. Só lembrando que essa indefinição nos pênaltis já custou uma vaga na semifinal da Taça Guanabara.


O Botafogo deve ir com força total pra domingo. Já o Flamengo... Joel repete a estratégia do primeiro turno: vaga praticamente garantida nas semifinais, jogo da Libertadores quarta e lá vão os reservas pro clássico. Pode dar certo, dependendo de como se comportar o Botafogo. Se perder de goleada de novo, é uma crise desnecessária para a semana decisiva. A torcida rubro-negra tem pulgas atrás da orelha: a que veio esse zagueiro Leonardo? Como está a cabeça de Toró? Obina vai ajudar ou atrapalhar o time? Egídio se afirma ou não? Ao menos Renato Augusto estará em campo.


Esse estilo de Joel em tratar o elenco como uma família, onde os jogadores são seus "filhos", não é só dele. Felipão faz o mesmo, seja no Grêmio, seja em Portugal. É um estilo que, até agora, parece estar dando conta. A "pirraça" de Ibson e Souza foi contornada. Porém, todo pai tem seus filhos "preferidos", e num time de futebol isso pode comprometer. Pra que improvisar Cristian na lateral-direita contra o Nacional, se Luizinho é o reserva da posição e jogou bem na última partida? Um clima ruim que poderia ser evitado. E Cristian entra na pressão, pois se vacilar na nova função, a torcida não vai perdoar - e pode sobrar pra Joel.

Nenhum comentário: