sábado, 22 de março de 2008

É por aí

Pela primeira vez no ano pode-se dizer que o Flamengo jogou bem do começo ao fim. 2 x 0 contra a Cabofriense, sem maiores sustos. "Ah, mas foi contra um time pequeno!". Só que o rubro-negro ganhou dos pequenos sem apresentar um futebol de gente grande. Hoje não.

Pelos gols do jogo já se nota a diferença. No primeiro, Renato Augusto (jogando em sua posição original) fez belo passe para Juan, como um autêntico lateral, cruzar para Souza, como autêntico centroavante, "dar o bote" no zagueiro e fazer 1 x 0. No segundo, Souza rouba uma bola no meio de campo (como autêntico volante) e faz um lindo lançamento (como autêntico meia) para Juan, olhando para a grande área, cruzar para Marcinho, que conferiu - de novo, por estar no lugar certo e na hora certa. A versatilidade que o time possui voltou a aparecer.

Cristian vai se firmando como protetor da zaga e Kléberson claramente foi orientado a não atacar. Isso compromete o futebol do campeão do mundo, mas foi o sacrifício necessário. Kléberson fora de sua característica é melhor que Jaílton ou Gavilán jogando o que sabem. Ibson voltou a ser o "multi-homem" de 2007, aparecendo com disposição em todos os lados do campo. Renato Augusto, além do talento, mostra liderança e personalidade. Juan está melhor a cada jogo, também tentando fazer gols. Além de tudo isso, o time teve paciência para tocar a bola com qualidade e sempre que necessário, até chegar ao gol.

As poucas chances que a Cabofriense teve foram cortadas pela zaga ou bem defendidas por Bruno (que é da turma dos goleiros que sabem repor a bola). Joel ainda tentou matar o jogo colocando Maxi e Diego Tardelli, mas o goleiro adversário não deixou. Kléberson tomou o único amarelo e então (raios!) Toró entrou em campo. Na segunda jogada, levou cartão amarelo. O tribunal de justiça desportiva fará um favor à torcida flamenguista se suspender o volante estressadinho e Obina.

Morais, o habilidoso meia do Vasco, diz que inventou um novo drible. Discordo que seja novidade, mas sempre valorizarei o atleta que honrar nossa tradição de futebol-arte (o DNA de Garrincha ninguém tira de nós, vez por outra ele se manifesta). Mais legal ainda foi pedir aos torcedores que dêem um nome para o drible pela internet. São os jogadores da geração web...

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