
Uma observação: o jogo contra o Nacional, dia 19, ficou com contornos de decisão. O que revela uma característica do Flamengo atual, a "auto-FLAgelação". Após a ressurreição épica no Campeonato Brasileiro de 2007, o rubro-negro parece precisar de grandes dramas e superação de desafios mesmo quando não tem. Caiu num grupo fácil na Libertadores mas resolveu empatar contra o Coronel Bolognesi e perder para o Nacional sabotando a si mesmo. Se não vencer o time uruguaio no Maraca, todo o planejamento pra 2008 periga, pois o torcedor não vai se contentar apenas com mais um título carioca (se vier).

O Botafogo também fez seu homework: obrigado a usar o time misto, venceu o Volta Redonda por 3x0. A torcida fez nova música pra zoar de volta o Flamengo. Assim tá ótimo: bola no pé e irreverência na torcida. Chega de choro, pro bem do Botafogo e de quem precisa acompanhar o noticiário esportivo. Não agüentamos mais a instigação de polêmicas que são faisquinhas enquanto problemas maiores não atraem a imprensa, p. ex.: por que os ingressos permanecem caros? Por que não se levanta uma campanha diária encurralando os dirigentes? Isso é muito mais grave do que comemorações provocativas...


Leandro Amaral não sabia no que estava se metendo quando resolveu comprar briga jurídica com ninguém menos que Eurico Miranda. O presidente interino do Vasco, que é formado em Direito e já foi parlamentar, sabe muito dos meandros da justiça brasileira. E Leandro estava acabado pro futebol quando o time da Colina o resgatou. Agora, Eurico é motivado também pela bílis da traição, e já conseguiu as primeiras vitórias. A Leandro, resta a humilhação de ter que negociar com o Vasco (ou pior: voltar a jogar lá, depois de tudo) ou uma possível ida para o Botafogo, isto é, estaria fora da Libertadores. Pena, porque é um jogador talentoso.

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