Excelente análise sobre o assunto, feita pelo Marcelo Damato:
Jogando para a torcida
Numa cobrança de pênalti, o goleiro não pode avançar além da linha, um milímetro que seja. Está na regra.
Na mesma cobrança, não há regra nenhuma que impeça o jogador de executar a cobrança da maneira que quiser. Mesmo a paradinha, que uma época estava proibida pela Fifa, está liberada.
Mas aí começou-se a dizer que a paradinha era covardia com o goleiro. “Covardia!” Como se o pênalti não fosse apenas a punição a um time que comete uma falta em sua própria área.
Isso não é pouca coisa. Para fazer o gol, os times precisam quase sempre entrar na área. O time que se defende tenta dificultar ao máximo ao time que ataca que consiga entrar na área com a bola. Assim, o pênalti significa destruir de maneira ilegal todo o esforço de levar a bola até a área. Por isso, a cobrança é daquela maneira.
E na cobrança, a vítima é o time que cobra. O réu é o time do goleiro.
Impor restrições a quem cobra o pênalti é o mesmo que que a Justiça impor restrições à vítima por se apiedar do réu.
É uma completa inversão de valores.
Mas vindo da CBF, que se governa pelas mesas redondas - todas as suas decisões que não envolvam dinheiro são fortemente influenciadas por ela-, não surpreende. Nem um pouco.
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Um comentário:
Com paradinha ou n, Lúcio Flávio tem 100% de aproveitamento nas, se n me engano na quantidade, 16 cobranças deste ano.
Fabricio Raner
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