terça-feira, 26 de agosto de 2008

Sobre a paradinha

Excelente análise sobre o assunto, feita pelo Marcelo Damato:

Jogando para a torcida

Numa cobrança de pênalti, o goleiro não pode avançar além da linha, um milímetro que seja. Está na regra.

Na mesma cobrança, não há regra nenhuma que impeça o jogador de executar a cobrança da maneira que quiser. Mesmo a paradinha, que uma época estava proibida pela Fifa, está liberada.

Mas aí começou-se a dizer que a paradinha era covardia com o goleiro. “Covardia!” Como se o pênalti não fosse apenas a punição a um time que comete uma falta em sua própria área.

Isso não é pouca coisa. Para fazer o gol, os times precisam quase sempre entrar na área. O time que se defende tenta dificultar ao máximo ao time que ataca que consiga entrar na área com a bola. Assim, o pênalti significa destruir de maneira ilegal todo o esforço de levar a bola até a área. Por isso, a cobrança é daquela maneira.

E na cobrança, a vítima é o time que cobra. O réu é o time do goleiro.

Impor restrições a quem cobra o pênalti é o mesmo que que a Justiça impor restrições à vítima por se apiedar do réu.

É uma completa inversão de valores.

Mas vindo da CBF, que se governa pelas mesas redondas - todas as suas decisões que não envolvam dinheiro são fortemente influenciadas por ela-, não surpreende. Nem um pouco.

Um comentário:

Anônimo disse...

Com paradinha ou n, Lúcio Flávio tem 100% de aproveitamento nas, se n me engano na quantidade, 16 cobranças deste ano.

Fabricio Raner