
Todas as vezes que o Flu resolveu atacar (nada de desespero, simplesmente organizar algumas simples jogadas no campo do Boca), assustou e conseguiu os gols. Quando recuava - como nos primeiros 20 minutos do segundo tempo - a bola só parava na rede ou nas mãos de Fernando Henrique (que fez a torcida esquecer todas as suas falhas).
Pra ser campeão, o tricolor tem que ter respeito pelo adversário, mas auto-estima em alta pra saber que tem talento pra fazer frente. Gabriel não estava bem, mas Junior César não se intimidava, e de lá saíam as boas jogadas. Thiago Silva e Luiz Alberto mostraram muita maturidade.
Thiago Neves, se não atuar bem, sempre terá um bom chute pra manter o time vivo. Ontem, chutou muito pouco, mas contou com o frangaço do goleiro argentino.

Aliás, todo o time do Boca sabe tocar de primeira! Com exceção da irritante catimba, é muito bom ver o atual campeão da Libertadores jogar. Quando o jogo estava em 2 x 1, os argentinos devolviam logo a bola para o Flu, como se estivessem perdendo, sem se acomodarem.
E não duvido nada que o Boca jogue no Maracanã com a mesma atitude que jogou ontem.

A verdade é que, com esse elenco, Cuca conseguiu fazer mais um milagre: depois do vice-campeonato carioca, sai da Copa do Brasil nas semifinais, nos pênaltis. Mas o desgaste de mais um título perdido fez o técnico sair. Não à toa está sendo cobiçado pelo Santos.
Mas a tragédia grega da noite estava reservada para São Januário. Aos 45 do segundo tempo, Edmundo conseguiu levar a decisão para os pênaltis. Depois, foi o culpado pela desclassificação ao isolar infantilmente a bola, numa cobrança típica de quem não treina os penais faz tempo.

Nenhum comentário:
Postar um comentário