sábado, 30 de maio de 2009

É bravata ou não é?

A diretoria do Fluminense, após a confusão no treino dessa semana, resolveu cortar todos os privilégios que as torcidas organizadas do clube mantinham. Não terão mais ingressos gratuitos, salas nas Laranjeiras para guardar faixas e adereços, sócios que participaram do episódio serão expulsos...

Boa atitude, uma resposta à altura do vandalismo. Mas será que vai vingar? O Fluminense, que assim como tantos outros clubes, mantém um respeito (?) pelas organizadas a ponto de seus líderes serem recebidos pela diretoria várias vezes, vai bancar a decisão?

São as torcidas organizadas que, nos jogos, lideram o coro de apoio ao time, fazem os mosaicos, levam as faixas, puxam os gritos de incentivo (ou protesto). Infelizmente, de uns tempos pra cá, toda a violência ocorrida nos estádios ou fora dele está sempre envolvendo as organizadas.

A ponto delas serem chamadas (e se chamarem) de facções, como nos presídios ou nas gangues. E o comportamento tribal dos integrantes dessas torcidas extrapola o amor pelo time. Aliás, por vezes nem passa por isso - o bom mesmo é tripudiar dos rivais de qualquer jeito, antes mesmo de torcer.

Se a diretoria do Fluminense quiser entrar pra história, pode começar levando a sério a decisão que tomou. Não voltar atrás e colocar o torcedor organizado no seu devido lugar: como torcedor, antes de tudo, e não como diretor de clube ou intimidador de plantão.

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