terça-feira, 26 de maio de 2009

Cínicos patrocínios

A foto já diz muita coisa sobre o clima do Fluminense. Se soubermos a causa da briga, mais ainda: Diguinho, volante que há tempos não joga pelo time, foi cobrado por um torcedor de facção organizada sobre sua assiduidade numa boate da Zona Sul. A resposta foi malcriada, e aí...

Caso o Flu não se recupere no Brasileirão, com a torcida achando que os atletas não têm se esforçado, o perigo pode ser maior ainda. A Unimed nada mais é do que patrocinadora do clube, embora se posicione como instância decisória - como foi no caso de Renê Simões e outros.

Porém no momento em que ela perceber que o barco está afundando - ou que não é mais vantagem associar sua marca à imagem do clube - será a primeira a dizer tchau. O que revela como os dirigentes são bem estúpidos: de pires na mão, em vez de se planejarem para não dependerem unica e exclusivamente de um único e exclusivo patrocinador pra tudo (nada de sócio-torcedor, por exemplo), é exatamente isso o que fazem.

E deixam a Unimed com as vantagens de mandar no clube sem nenhuma responsabilidade caso as coisas deem errado. Pergunte ao Palmeiras como foi a vida pós-Parmalat.

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O Corinthians já é campeão, se for disputado o título de camisa mais feia do Brasil. Tal e qual os times pequenos do interior, o Timão polui seu uniforme com marcas de todo o tipo, com o escudo e o número apenas como detalhes.

Como consumidor, questiono se essa é melhor estratégia para fixar uma marca. Os times da Inglaterra, por exemplo, possuem só um local de exibição de patrocínio (na frente da camisa), e a atenção para um lugar apenas é muito maior do que pra vários.

Agora, inauguram um novo local pra faturar: as axilas dos jogadores com uma propaganda de desodorante, claro. Eu sou do tempo que Os Trapalhões faziam anúncio do Avanço. Mas se pararmos pra pensar nos dirigentes do Parque São Jorge e suas dívidas maravilhosas, não mudou muita coisa...

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