Fim da Copa das Confederações. Brasil campeão, Espanha desclassificada pela zebra EUA, África do Sul penando pra vencer e fazer gols. O que tudo isso quer dizer? Quase nada. Não pense que sou radical. A não ser no sentido de querer cortar pela raiz qualquer euforia para além da conta, bem como conclusões apressadas pelo calor do momento.
É claro que a competição serviu para algo: a Seleção teve uma sequencia de jogos necessária e que há muito não experimentava, contando também com mínima rotina de treinos. Dunga também pôde experimentar novatos e curingas sem maiores riscos.
O país-sede da Copa 2010 também saiu com lições aprendidas, dentro e fora do campo (este último, o maior objetivo da Copa das Confederações).
Mas o resultado final não quer dizer nada. Já foi lembrado na cobertura esportiva que campeões "confederados" não necessariamente se dão bem na Copa. Assim como acho injusto tachar a Espanha de "amarelona". Salto alto talvez, mas a Fúria venceu uma competição muito mais difícil em 2008, a Eurocopa, com a base que está aí. Se eles encararem como uma meta pessoal fazer morrer essa fama, podem levar o título sim.
Curioso é que, mesmo com toda a obsessão de Dunga com volantes e defesa, é fazendo gols e jogando empolgado na hora de atacar que a Seleção tem se destacado. Levar três gols do Egito, dois do EUA e tomar sufoco da África do Sul mostra que Júlio César ainda não pode se tranquilizar.
Ao menos esta Seleção mostra vontade de jogar (Robinho é a exceção da regra, às vezes), e se esforçam independente da qualidade do atleta. É isso que qualquer torcida exige antes de tudo. E aí méritos para Dunga, que nunca será acusado de não ter jogado com raça e comprometimento - e parece que está passando isso a seus convocados.
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No Brasileirão, caiu o último invicto: o líder Atlético-MG foi goleado pelo Barueri, que está no G-4! Não dá pra se concluir nada desse louco resultado.
O que me irrita é que pouco se fala dos jogos, e muito sobre Muricy e Luxemburgo. Ok, temos que apurar os possíveis destinos de dois dos principais técnicos brasileiros. Mas por que isso tem mais destaque que o futebol jogado no campo? Chega a ser irritante.
Estive no Fla-Flu "peladeiro" porém cheio de emoções. Apesar do gol perdido no final, não dá pra culpar Adriano: se ele fica na área, é acusado de "paradão"; se volta pra buscar jogo, faz falta na área. Sem Kléberson o Flamengo perde muito em criação de jogadas - e o que Everton ainda faz no elenco?
Thiago Neves jogou bem, mas não foi decisivo. Fred poderia ter deitado e rolado na nervosa zaga sub-20 do Fla, mas se atrapalhou demais.
A torcida do Botafogo chamou os jogadores de mercenários, exibindo notas de dinheiro. O problema não é no bolso, é na falta de qualidade generalizada. Aos torcedores só resta a opção de apoiar o time incondicionalmente, pois não é o tipo de elenco que vai melhorar com "fogo amigo".
E ao contrário do que muitos podem dizer, o Internacional não está morto - nem na Copa do Brasil, nem no Brasileirão. Só não pode encampar o chororô, como fez o presidente Fernando Carvalho.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
A Copa é nossa!
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