Se nesses sete anos de Campeonato Brasileiro por pontos corridos uma lição pode ser tirada é: os times que conseguem alguma regularidade chegam na frente. Essa regularidade não precisa acontecer desde o começo, e até pode passar por "apagões" no meio da competição. Mas uma vez retomada, é difícil segurar.
É por essa constatação que aponto os três times do título deste post como favoritos ao título. E se não vencerem, com certeza estarão na Libertadores. Só mesmo o quarto colocado fica em aberto, devido ao equilíbrio dos demais elencos e suas posturas.
A fase turbulenta do Palmeiras foi logo no início, pós-Libertadores e ainda com Luxemburgo. Porém não foi um desastre, esteve sempre da metade da tabela pra cima. Com o técnico interino, muitas vitórias. Obina chegou e voltou a ser artilheiro. Manteve todo o elenco (com exceção de Keirrison) e ainda trouxe Vágner Love, motivado para tentar ir à Copa. Tem tudo pra conseguir o caneco.
O Internacional era sim, o melhor time do Brasil no primeiro semestre. Não por ter craques galáticos, mas por ter se acertado antes de todos os outros. A torcida, o técnico e os jogadores já sabiam como atuar, tanto que o time reserva pontuou muito bem nas primeiras rodadas. Com a perda da Copa do Brasil, veio um desânimo e o tal "apagão". Mas Tite foi mantido e a maioria do elenco, também. E aí está o Colorado novamente vencendo e convencendo.
O São Paulo arrancou do Flamengo a lenda-fantasma do "se deixar chegar...". A ponto de nenhum comentarista esportivo se arriscar a descartar o tricolor da disputa, mesmo quando estava por baixo. Ricardo Gomes surpreendeu tanto quanto Obina, e os jogadores se sentiram à vontade: não havia mais as aporrinhações com Muricy e encarnaram a mística que acompanha o clube há três anos.
E o Brasileirão deve se decidir por aí, agora que a janela fechou. Goiás e Atlético-MG ainda precisam provar para eles mesmos que têm direito ao G-4. Quem perder a regularidade fica pra trás.
O meio da tabela continua caracterizado por um misto de esperança e preocupação: se poucos pontos separam os times do G-4, o mesmo vale para a zona do rebaixamento. E assim como a donzela na varanda aguardando seu amado, as torcidas desses times esperam pela salvadora decolagem de vitórias - e recorrentemente prometida por dirigentes, técnicos e jogadores rodada após rodada.
Quanto aos futuros habitantes da Série B: o Fluminense já está lá, há algum tempo. Só falta enterrar. Moral em baixa, caos administrativo, panelinhas e agora... Cuca, aquela injeção (letal) de ânimo. As outras vagas para descer possuem muitos candidatos. Alguns deles, talvez nem tenham se dado conta de que o risco existe...
PS: Escrevi esse texto antes de ler a matéria do Globoesporte.com, ok?
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