domingo, 8 de novembro de 2009

Ao torcedor, tudo

Quem acompanha este blog sabe o quanto critico a irracionalidade do torcedor (como já diz o título). Não desprezo a paixão, mas a irracionalidade que beira a agressão.

No entanto, precisamos voltar ao beabá do futebol, desde o seu surgimento: quem faz o espetáculo dentro de campo são os jogadores; fora dele, o torcedor. Abaixo com a supervalorização de técnicos e as "melancias no pescoço" de dirigentes quase inúteis.

O que se tem visto no Mineirão com o Atlético, no Maracanã com Fla, Vasco e Flu, na Ressacada com o Avaí, nos Aflitos com o Náutico, no Palestra Itália com o Palmeiras é pra se destacar. Milhares de torcedores acompanhando seus times, lotando estádios, vibrando e cantando muito, estejam eles em cima ou embaixo na tabela.

E é pra eles que tudo deve ser proporcionado. É neles que se deve fazer um bom planejamento, boas contratações, pagar em dia, jogar com raça, treinar sempre.

Mais do que bons jogos, o returno do Brasileirão está proporcionando que testemunhemos como o torcedor comparece, mesmo sendo tratado mal - com Estatuto de Torcedor e tudo. (Os vândalos que se travestem de torcedores para brigar não são torcedores.)

Um brinde aos autênticos torcedores, que não merecem:

- um time cuja única jogada seja a bola alta na área, como o Palmeiras do "gênio" Muricy;

- uma direção que bagunça o time até não poder mais, como foi com Sport e Fluminense durante o ano;

- um calendário em que os jogos não param em datas FIFA, fazendo da convocação de seus ídolos um tormento paradoxal;

- jogos no calor escaldante, cansando-os e também aos atletas em campo, detonando a qualidade das partidas;

- um árbitro como Carlos Eugenio Simon, que depois de dar pênaltis fantasmas, parece ver o jogo com óculos do Mundo Bizarro, como na hora de anular o gol legítimo de Obina.

Mas os torcedores merecem:

- um Petkovic cheio de dores brincando de fazer gol olímpico diante da massa atleticana;

- um Fred ressurgindo contra a desconfiança dos próprios adeptos tricolores, e levando o time com ele;

- um Ronaldo fazendo gols em clássicos e golaços até em jogos que não valem nada.

Nenhum comentário: