segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Alergia ao título?

Será que a taça do Campeonato Brasileiro foi contaminada pelo vírus da gripe suína? Só por aí dá pra explicar o "esforço" que os postulantes ao título têm feito para deixá-la escapar, tal e qual uma batata quente.

Tudo começou com o Palmeiras, que estava 500 mil pontos à frente dos demais e corria pra repetir o feito do São Paulo, de acabar com a festa muito antes do final. Mas lá veio o Verdão, descendo a ladeira, e agora a vaguinha na Libertadores vira a maior ambição do Palestra Itália.

Depois o Internacional não conseguiu lidar com o desmanche e com a troca de técnico e ficou mais longe da taça. O Atlético-MG, regular toda vida no topo da tabela, beliscou a liderança até ser derrubado pelo Flamengo em casa e também se deprimiu.

Quando São Paulo e Flamengo ficaram como virtuais candidatos para serem campeões, cada passo em falso poderia decidir a disputa. O tricolor cambaleou contra o Grêmio, deu uma recuperada contra o Vitória e então veio o jogo-chave, contra o Botafogo, no Engenhão.

E não é que o São Paulo perdeu, de virada, para o heróico Botafogo? Com o jogo acontecendo antes de Fla x Goiás, o Maracanã rubro-negro comemorou cada gol alvinegro. Uma vitória simples bastava para colocar o time da Gávea na liderança.

E não é que o Flamengo empatou sem gols contra o Goiás, em casa? Jogou com um salto tamanho 14, achando que venceria a qualquer momento. E jogou muito, muito mal.

Aí a taça do Brasileirão 2009 segue acabrunhada e com a auto-estima lá embaixo, sendo rejeitada rodada após rodada. Um dos melhores campeonatos da década pode terminar com uma grande contradição: um campeão vacilante em momentos decisivos.

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