Finda o primeiro turno do Brasileirão 2009. Para mim, os destaques dessa fase do campeonato são as arrancadas improváveis que vários times deram, desafiando a lógica.
O Avaí é o maior exemplo: esmerava-se em empatar, passou um bom tempo em último e, de repente, é o sexto. Sem mudar técnico ou elenco. Não dá pra entender! Mas dá pra parabenizar. O Atlético-PR é outro que resolveu vencer sem explicar como.
O Goiás é outro que merece elogios, pois tem um time super equilibrado, e contratou "temperos" certos: Léo Lima voltou a ser o jogador cerebral que prometia; e Fernandão, pela experiência em títulos, vai somar muito a esse grupo.
O São Paulo, enquanto mantiver a mesma base que disputou os últimos campeonatos, terá jogadores conscientes de que os pontos corridos tem altos e baixos. E que uma arrancada dá a moral necessária para colocá-los de volta ao páreo. Ter contratado Ricardo Gomes como técnico só ajudou, pois é outro que está acostumado com esse tipo de disputa.
O Internacional, que foi incensado como o melhor time do país - hoje penso se dá pra existir tal classificação no futebol brasileiro - teve seus dias de baixa. Mas nunca descartei como candidato ao título, ainda mais mantendo o técnico Tite contra a irracionalidade da torcida. É o meu palpite para o campeão de 2009.
O Palmeiras, do jeito que andava com Luxemburgo e após a saída da Libertadores, pode ser considerado uma surpresa. Jogadores que flertavam com a irregularidade tornaram-se indispensáveis para qualquer partida: é o caso de Cleiton Xavier, Diego Souza, Pierre. Sem contar o incrível Obina renascido. Mas não vejo esse time campeão.
O Cruzeiro resolveu repetir o Fluminense de 2008: minimizou o Brasileirão, perdeu a final da Libertadores em casa, despencou na tabela e ainda se desfez de jogadores importantes. Uma decepção não só pra sua torcida, como para todos que apostavam que a Raposa ia disputar o título - era o meu segundo palpite.
O mesmo para o Corinthians, embora eu não achasse que fosse um futebol vistoso como muitos afirmavam. Era uma eficiência à la São Paulo, mas com a cara de Mano Menezes e seus "quase-jogadores" que rendem bastante. Só que a necessidade de vender jogadores bateu à porta, mas a Fiel não pode reclamar do ano de 2009: Ronaldo recuperado, Paulistão invicto e Copa do Brasil, assegurando vaga na Libertadores do ano do centenário.
O resto, é armazém de secos e molhados. Os times do Rio não empolgam: o Flamengo manteve o elenco e trouxe Adriano, mas não emplaca; o Botafogo, com sua (correta) política de não gastar mais do que arrecada, se vira como pode pra não ser rebaixado; e o Fluminense, sem comando nenhum desde o ano passado, vai colhendo os devidos frutos.
Santo André, Atlético-MG e Vitória começam a curva decrscente - previsível, diga-se de passagem. Com o fim da janela de transferências e o começo da Copa Sul-Americana, veremos outro brasileirão nesse segundo semestre.
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