Demorou, hein, presidente? Como se isso estivesse acontecendo só agora no futebol brasileiro. Como se há tempos o Ministério do Esporte não fosse tão omisso quanto ao papel governamental na questão. Agora que o seu Timão se prejudicou é que o senhor acha um absurdo, presidente?
Daqui a pouco a conta da Copa do Mundo cai toda no seu colo e você vai reclamar de novo, presidente. E o senhor foi eleito pra reclamar, presidente? Achei que fosse pra chefiar, tomar decisões, ter um staff de ministros que desse conta do recado.
Ah, presidente, fico muito feliz com seu desespero diante do desmanche corintiano. Se o senhor estiver falando sério mesmo e resolver intervir de alguma forma, ponto pro futebol e pra torcida, que poderá ver seus craques por mais tempo aqui no Brasil. E se o senhor estiver lançando mais uma bravata, será ótimo vê-lo fazendo pirracinha depois de não ter coragem pra mexer na caixa-preta do esporte nacional.
A declaração é ainda mais infeliz, presidente, porque até então o senhor sabia usar muito bem o imaginário do futebol para se comunicar com o povo. Por meio das metáforas ou da sincera demonstração de que gosta mesmo do assunto, e acompanha o seu time do coração. Com essa chiadeira, parece até que não conhece nada de futebol, alienado do contexto que ocorre desde o primeiro Brasileirão por pontos corridos, em 2003. Papelão, presidente.
Portanto, presidente, azar o seu se vários jogadores do Corinthians foram embora. O meu Flamengo, por enquanto, está mantendo o time e não tenho do que reclamar. Ou nos preocupamos com a questão com a motivação certa - o tal do espírito público - ou o senhor fique quietinho e aguente os demais times ultrapassando o Curíntia na tabela.
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