quinta-feira, 27 de junho de 2013

E Marin acertou...

Foto: Tom Dib/Lance!Press
O Brasil pode perder domingo, o que não seria surpresa ou desastre - afinal, do outro lado estarão Itália e sua pesada camisa, segunda maior campeã de Copas, e a Espanha, atual fenômeno do futebol. Se a Copa das Confederações é um evento-teste, ocorreu o mesmo com nossa Seleção. E quem passou com louvor, reafirmando seu tino pra determinadas missões, foi Luis Felipe Scolari. O homem parece ter nascido pra treinar o escrete nacional.

A "Família Scolari", um desses apelidos que a imprensa tanto gosta, não acontece à toa. Felipão consegue a confiança de seus jogadores ao mesmo tempo em que garante uma entrega total em campo. O fato de ser o time que representa a nação facilita e muito o trabalho do técnico.

Acompanhar as entrevistas coletivas de Felipão ao vivo é uma experiência reveladora. "O México só nos ofereceu perigo enquanto o David Luiz esteve fora", disse após a partida em que, mesmo de nariz quebrado, Sideshow Bob continuou em campo. "Eu falei pro Fred que ele não seria substituído em hipótese alguma", disse após o jogo contra a Itália, em que o centroavante do Fluminense quebrou o jejum e estava assombrado pelos gols de Jô.

Felipão "dá uma moral" absurda a cada um dos convocados, banca suas decisões (ao contrário de outros técnicos renomados, que jogam a responsa pra juízes, dirigentes, torcida etc) e mantém os reservas motivados pra entrar a qualquer momento. É difícil ver um banco tão ligado na partida como o da Seleção.

Se a Seleção está sendo contestada, isso só fortalece seu método. Fica claro que Felipão mostra aos jogadores que a bola, literalmente, está com eles, e só eles unidos conseguirão virar o jogo contra tamanha oposição dentro de sua própria casa. Para uma Copa do Mundo no Brasil, não haveria melhor comandante. Nesse contexto cada vitória acaba sendo épica mesmo que o jogo não valha tanto, e poucos conseguem capitalizar isso como Felipão.

Luis Felipe Scolari não vai contribuir para a renovação de nosso futebol, tampouco para atualizações táticas. Felipão nasceu para ganhar com a Seleção na hora que é preciso ganhar. Perde de Honduras, mas vence a Copa. Pode perder domingo, mas ainda há uma Copa em casa pela frente.

Contou com a sorte ao pegar um trabalho mais mastigado, é verdade. Por dois anos Mano Menezes deu um padrão tático à equipe (Felipão não mudou o 4-2-1-3) e fez o teste de mais de 100 jogadores que o atual treinador já convocou "peneirados". Mas Mano não saberia encarnar o ufanismo em forma de superação que todo torcedor deseja para a Seleção.

O Brasil pode perder todos os seus jogos até a estreia da Copa 2014. Mas se Felipão continuar técnico, continuarei confiante.

2 comentários:

Marcos André Lessa disse...

É, rapaz, fico impressionado com a habilidade do cara em fazer isso.

Humberto Alves disse...

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