quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O representante alienígena

Dias depois do já famoso Santos x Barcelona, o Sirelli me enviou uma entrevista de Xavi, meia do time catalão, publicada no dia do jogo no jornal El Pais.

Só por algumas declarações dele, que destaco abaixo, dá pra entender melhor o sucesso do Barça.


"Eu vou bem, sigo encontrando motivações. Como agora, Vamos jogar contra o Santos, um clube histórico. O Santos de Pelé! Estas coisas são um privilégio."

"Eu tampouco me sinto o melhor do mundo, e não entendo o futebol como uma questão individual."

"Não tenho Twitter nem Facebook porque não vejo graça. Sou muito sociável, mas com as pessoas que vejo, que estão ao meu redor... A mim me importa jogar futebol. Fora disso, o resto não me interessa. Com a bola tenho tudo o que preciso."

"Penso muito e corro só o necessário. Sempre estou em movimento, é verdade, porque aonde a bola vai, eu vou. Mas vejo muitos atacantes adversários que quando pegam na bola, não passam. E eu vou correndo, vou tocando, e passo bem... umas 200 bolas. Acabo cansado, mas passo bem (a bola)."

"Antes não saíamos tanto jogando lá de trás. Meu estilo de jogo não mudou muito, mas pergunte a Víctor Valdés [goleiro]. Com a bola, se ele não encontrava um meio-campista desmarcado, fiuuuu, dava um chutão pro alto. Agora não, busca mais opções, porque a equipe as oferece."

"90% de nosso trabalho está centrado na bola, na compreensão do jogo. Essa é a diferença. Agora todos enetendemos o jogo. E dentro de 10 anos será melhor. Com certeza veremos um Barça melhor que este."

"Mas é bom que os jogadores que vêm das categorias de base entendem melhor e mais rápido. Isso não se perderá. Não seremos tão idiotas de nos afastarmos de um caminho que temos demonstrado que funciona. A raiz é essa, não se pode mudar."

Se compararmos então aos jogadores brasileiros e à nossa cultura atual do futebol, aí é que Messi e companhia parecem alienígenas mesmo... Ou seríamos nós?

A entrevista completa você lê aqui (em espanhol).

Nenhum comentário: