terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O descaso de Petkovic

Ridícula, absolutamente ridícula, a situação que Petkovic causou no Flamengo. O que você diria de um jogador que se irrita no intervalo de um clássico e deixa o estádio, enquanto todo o time (incluindo o outro atleta também substituído) tem que retornar para reverter o resultado negativo?

E o que é pior: fica circulando de carro nos arredores do estádio ouvindo o jogo no rádio tão somente para, se fosse sorteado no antidoping, voltar a tempo. Todos esses acontecimentos foram admitidos por Petkovic, que ainda mandou essa na coletiva: "Se eu cometi uma indisciplina...". Se?????

A decisão de Marcos Braz, diretor de futebol do clube, em rescindir imediatamente o contrato do sérvio foi desproporcional. Atos de indisciplina devem ser punidos de acordo com o prejuízo causado. Ainda mais no contexto atual do Flamengo, em que privilégios são concedidos e relevados com facilidade.

O empresário de Pet pode estar certo em achar que Braz tem algo pessoal contra o jogador. Mas nada disso teria acontecido se ele não tivesse chutado pro alto o compromisso que tinha com o clube e, principalmente, com seus companheiros.

Patricia Amorim já chegou com panos quentes, pois não vai querer ficar marcada como a presidente que dispensou um ídolo ainda no auge da popularidade. Vai ter que administrar a contrariedade de Marcos Braz, que já foi desgastado em sua autoridade no episódio com Andrade.

E Petkovic, se permanecer no Fla, vai ter que aceitar duas coisas, de imediato: que não é a única estrela magnânima - Vágner Love, na humildade, e Adriano, mais jovem e em ritmo de Copa, estão à sua frente; e que o time tem rendido melhor sem ele, ao menos por enquanto.

Aos 37 anos, Pet pode conseguir uma Libertadores inédita para seu currículo. É só parar com a marra que o caracterizou em outras passagens pelo clube e que estava esquecida até então.

Um comentário:

André Marques disse...

Leva o Lúcio Flávio para o lugar dele!