terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Tudo pela imagem

Ronaldo é mesmo um fenômeno. Por seus lances e gols na carreira, fenômeno do talento. Por sua volta triunfal na Copa 2002 após grave lesão, fenômeno da superação. Por sua coleção de mulheres (?), fenômeno conquistador. E agora, sem jogar, sem ter a pretensão de voltar a ser o melhor, sem nenhuma certeza à vista, fenômeno de marketing.

O Corinthians contratou nada menos que a onipresença midiática de Ronaldo e o fascínio que ele ainda exerce em boa parte da torcida brasileira (por que outro motivo a camisa 9 do Timão com o nome do jogador já se esgotou nas lojas?). Faz lembrar Garrincha, cheio de problemas no joelho e já decadente, que chegou a jogar no Parque São Jorge alguns jogos.

Os tempos eram outros, o Corinthians daquela época ainda pensava em contar com o futebol de Mané. Agora, não. Ronaldo pode andar em campo, ou fazer gols entregues por seus companheiros de mão beijada que já estará de bom tamanho. O mundo olha para o campeão da Série B e as cifras da exposição da marca acompanham.

Como pontuou um colega de trabalho, se houve algo que colaborou para a volta do Corinthians à elite, contando com o máximo apoio da torcida, foi a estratégia de marketing. Camisa roxa, camisa com a foto da torcida e tudo o mais para chamar a atenção e fazer o corintiano se sentir parte de tudo aquilo.

Logo, Ronaldo não está em time melhor para retornar aos gramados - porque dos holofotes ele nunca saiu. Resta saber onde termina a estratégia de comunicação e começa o futebol propriamente dito, que traz os títulos.

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