Foto: Ivo Gonzalez/O Globo |
Pela primeira vez na temporada vi o Flamengo jogando bem contra um time retrancado. Rafinha e Rodolfo se movimentavam bastante, e confundiram tanto a marcação que Léo Moura apareceu sozinho pra cruzar na medida pra Hernane bater seu ponto.
Elias e sua polivalente velocidade (devolveu ao Flamengo a possibilidade de chutes de fora da área) foi premiado com um gol em que o "Brocador" funcionou como pivô, algo inédito até então. Um susto ou outro na defesa, mas nada que comprometesse o rendimento.
Aí vem o segundo tempo e novamente Gonzalez complica uma jogada fácil, dessa vez trazendo um desfecho ruim. Gol do Resende, que já tinha vindo com postura bem diferente. O técnico Eduardo falou ao final do jogo que a estratégia era jogar nas costas dos laterais, marcando mais à frente. Veio o empate e a virada com muita ajuda da marcação frouxa do Flamengo.
O salto alto dessa vez custou caro, mas não dá pra entender a fragilidade da defesa do time. Ou dá: Cáceres, que já não é um exímio marcador, fica sozinho à frente da zaga. Léo Moura é uma nulidade na marcação, e João Paulo é esforçado mas nada além disso. Sem contar que o problema da bola aérea se arrasta por gerações de técnicos e zagueiros no Flamengo. Não é possível! A comissão técnica fixa devia ter um treinador de bola aérea, tipo o treinador de goleiros.
Cléber Santana, cujo talento é nunca jogar nada mas nunca sair de vilão, nada acrescenta. E Dorival erra quando sacrifica Elias. O camisa 8 sabe chutar, é rápido, faz ultrapassagem, não erra passes. Quando o Flamengo precisou de tudo isso, ele teve que ficar de volante único lá atrás. Um desperdício.
Acho que o técnico precisa refletir se, com as opções defensivas que tem, não seria melhor ao menos colocar Amaral no lugar do paraguaio. Penso ser complicado voltar a um 4-4-2 ou a um 4-3-1-2 quando não há meias armadores no elenco e com laterais incompletos.
Um comentário:
Perfeito, Lessa. Foi exatamente o jogo que eu vi.
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